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O início de uma revolução: do motor flex à era da eletrificação

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Em maio de 2003, o mercado automotivo brasileiro vivia uma verdadeira revolução. Foi nesse ano que o primeiro carro flex do país chegou às ruas: o Volkswagen Gol 1.6 Total Flex. A novidade permitia ao consumidor abastecer o veículo com etanol, gasolina ou qualquer combinação dos dois combustíveis. Apesar do entusiasmo inicial, a chegada da tecnologia foi cercada por ceticismo. Perguntas como “Será que vai funcionar?”, “O motor vai resistir?” e “Isso não seria apenas uma moda passageira?” dominaram as discussões na época.

O tempo, contudo, tratou de responder a essas questões. A tecnologia flex se consolidou, evoluiu e se tornou um padrão amplamente aceito. Tanto que, hoje, um carro movido exclusivamente a gasolina causa mais estranheza do que o inverso.

Agora, mais de duas décadas depois, o setor automotivo se encontra diante de um novo divisor de águas: a eletrificação dos veículos. Desta vez, o avanço não se limita apenas aos carros totalmente elétricos, mas abrange também os híbridos plug-in, híbridos plenos e leves. Essa transformação já está em curso e, como ocorreu no início da era flex, traz consigo uma série de questionamentos.

As dúvidas são muitas: “As baterias vão durar?”, “Os carros elétricos serão descartáveis?”, “Essa é uma transição viável para todos os mercados?” Assim como em 2003, as respostas ainda não são definitivas. Porém, uma coisa é certa: o futuro dos automóveis será, de alguma forma, eletrificado.

A trajetória de evolução tecnológica é inevitável. Nos próximos anos, é provável que boa parte dos carros novos incorpore algum nível de eletrificação. E, quem sabe, daqui a 20 anos, o debate esteja voltado para tecnologias ainda mais avançadas, como veículos movidos a hidrogênio ou soluções que hoje parecem utópicas.

A história nos mostra que a resistência inicial é natural diante de qualquer inovação disruptiva. No entanto, se há algo que aprendemos com o passado, é que a capacidade de adaptação e aprimoramento da indústria automotiva não deve ser subestimada. O futuro, mais uma vez, promete ser fascinante.

Luiz Bertoncini
CEO – EV Motors Brasil

Tags: revolução, tecnologia

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